Efeitos da pandemia no mercado Imobiliário

A quarentena, mudou comportamentos, a sociedade passou a entender que é possível produzir e dar resultados em home office. Este entendimento reflete diretamente no mercado imobiliário. Sobram salas para locação e à venda. A quantidade de ofertas e baixa demanda, derrubam preços de espaços comerciais, tanto para locação, quanto para venda. Morar em espaços pequenos por preços exorbitantes em áreas nobres por estarem próximos dos locais de trabalho, estão com os dias contados, assistiu-se nos últimos quatro meses uma forte migração para casas confortáveis em condomínios fechados na grande São Paulo. Uma demanda maior neste sentido, provocando aumento no valor de casas de forma geral, para venda.
O mercado imobiliário é muito, mas muito sensível a economia, e neste sentido a economia social. Busca por locações dispararam mesmo frente a um IGPM exorbitante batendo na casa dos 2% ao mês, dinheiro previsto para compra do primeiro imóvel, tem estado em compasso de espera migrando para locação. Por outro lado investidores que sofreram perdas significativas com a pandemia estão migrando investimentos para o tijolo, SELIC a 2% ao ano não atrai o investidor conservador, taxas atrativas de 5,8% ao ano para financiamento atraem investidores conservadores de olho no mercado de locação. A questão é por quanto tempo assistiremos esta transição, veio para ficar ou sofrerá mudanças em curto espaço de tempo?
Fred Ribeiro
Formado em engenharia pelo Mackenzie, palestrante, corretor de imóveis e gerente da Paulo Hoffmann Imóveis